quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

PROTESTO CONTRA A EFCRGN


Foi publicado no jornal A República em 21/01/1910 o protesto de Joaquim Varela Buriti contra a EFCRGN.
         Segundo o teor do referido protesto Joaquim Varela Buriti dizia ser residente no sitio Maxaranguape e que era senhor e possuidor a justo e legal titulo da propriedade denominada Amarelão, compreendendo todas as terras da data Torreão, nos municípios de Taipu e Jardim de Angicos, em cuja propriedade tinha sua fazenda, com seus terrenos agrícolas, seus campos de criação, casa de morada, curral, cercado e mais benfeitorias.
 Sucedeu, pois, que o Srs. Proença & Cia, contratantes dos trabalhos da Estrada de Ferro Central do Estado, por seu engenheiro chefe José Antônio da Costa Silva, estavam construindo a mesma estrada por sua referida propriedade, em frente a dita casa, derrubando parte de suas cercas sem haver feito indenização, e sem o consentimento do dele o que com tal procedimento constituía desrespeito a lei e aos direitos do suplicante.
 Joaquim Varela Buriti veio por isso protestar, como protesta, contra o aludido trabalho de construção e Estrada de Ferro nas mesmas terras, prometendo fazer valer judicialmente o seu direito em tempo oportuno.
Assim mandou que fosse publicado no jornal A República o teor do protesto lavrado em cartório para que depois fossem intimadas na capital, o engenheiro chefe, representante da dita firma contratante, dr. José Antonio da Costa Junior e o dr. Luciano Martins Veras, chefe da comissão fiscalizadora da dita Estrada por parte do Governo Federal.
O referido protesto Joaquim Varela Buriti foi lavrado em cartório no dia  de 18 de janeiro de 1910 e publicado no jornal A República em 21 de janeiro de 1910.( A REPÚBLICA,  21 Jan.1910, p.2).
      A área a ser indenizada ao proprietário era de 433,385 km²  entre as estacas 2848, 6.65 e 3570 13,75 da EFCRGN em construção conforme constava na planta da referida ferrovia.( A REPÚBLICA, 15 Jun.1910,p.2).

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