Foi
publicado no jornal A República em 21/01/1910 o protesto de Joaquim Varela
Buriti contra a EFCRGN.
Segundo o teor do referido protesto Joaquim
Varela Buriti dizia ser residente no sitio Maxaranguape e que era senhor e
possuidor a justo e legal titulo da propriedade denominada Amarelão,
compreendendo todas as terras da data Torreão, nos municípios de Taipu e Jardim
de Angicos, em cuja propriedade tinha sua fazenda, com seus terrenos agrícolas,
seus campos de criação, casa de morada, curral, cercado e mais benfeitorias.
Sucedeu, pois, que o Srs. Proença & Cia,
contratantes dos trabalhos da Estrada de Ferro Central do Estado, por seu
engenheiro chefe José Antônio da Costa Silva, estavam construindo a mesma
estrada por sua referida propriedade, em frente a dita casa, derrubando parte
de suas cercas sem haver feito indenização, e sem o consentimento do dele o que
com tal procedimento constituía desrespeito a lei e aos direitos do suplicante.
Joaquim Varela Buriti veio por isso protestar,
como protesta, contra o aludido trabalho de construção e Estrada de Ferro nas
mesmas terras, prometendo fazer valer judicialmente o seu direito em tempo
oportuno.
Assim
mandou que fosse publicado no jornal A República o teor do protesto lavrado em
cartório para que depois fossem intimadas na capital, o engenheiro chefe,
representante da dita firma contratante, dr. José Antonio da Costa Junior e o
dr. Luciano Martins Veras, chefe da comissão fiscalizadora da dita Estrada por
parte do Governo Federal.
O
referido protesto Joaquim Varela Buriti foi lavrado em cartório no dia de 18 de janeiro de 1910 e publicado no jornal
A República em 21 de janeiro de 1910.( A REPÚBLICA, 21 Jan.1910, p.2).
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