terça-feira, 10 de dezembro de 2019

MEMÓRIA FERROVIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE: VISITA A AREZ



         A memória ferroviária dessa postagem diz respeito a parada do Baldum no município de Arez, parada esta pertencente a Estrada de Ferro Natal a Nova Cruz.
         No dia 26/11/1891 o governador Adolfo Gordo, acompanhado do seu ajudante de ordens, de Pedro Velho, Arminio de Figueiredo, Jonh Morant, superintendente da referida estrada de ferro e de Fabrício Maranhão, partiu da Estação Central de Natal da Estrada de Ferro Natal a Nova Cruz dirigindo-se a parada do Baldum.
         Ali, segundo o jornal a República, uma numerosa comitiva o aguardava, dirigindo-se todos a vila de Arez. Chegando os cavalheiros a entrada da rua uma banda de música fez-se ouvir a marselhesa e subiram ao ar estrepitosa girândola de foguetes.
         Na frente da casa do cidadão Herminio Pegado, o Governador foi recebido por um grande concurso de pessoas gradas, erguendo o dr. João Albuquerque Maranhão vivas a república e ao dr Gordo, sendo entusiasticamente correspondido, conforme A República.
         Depois do repouso serviu-se um profuso almoço, durante o qual tocou variadas peças a banda de música.
         As 13h00, apesar do sol, o  governador Adolfo Gordo de novo montou a cavalo, seguido de grande número de cavalheiros, dirigindo-se a praia de Tibau, afim de examinar as obras do canal de Guarairas.
         De volta as 17h30 foi o governador obsequiado, ele e seus companheiros de viagem, com um opiparo jantar trocando-se amistosos brindes.
         No dia seguinte pela manhã voltaram os itinerantes a parada do Baldum, com destino a esta capital.
         O governador mostrou-se penhoradissimo da bela recepção que lhe fez a população de Arez, notando-se que todos concorreram de modo mais perfeito para o brilhantismo da hospedagem.

Fonte: A República, 15/12/1889, p.2.

         Como se sabe a então vila de Arez não foi contemplada com uma estação ferroviária. No território do município haviam duas paradas, a do Baldum e a de Estivas, ambas inauguradas em 1882 e demolidas na década de 1960.

Ruínas da estação em 2002. Foto Luiz Antonio Coutinho


Ruínas da estação em 2012. Foto Luiz Antonio Coutinho



Ruínas da estação em 2012. Foto Luiz Antonio Coutinho

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