segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

SOBRE A FESTA DA PADROEIRA DE TAIPU EM 1936



        Conforme esteve anunciado no jornal A Ordem em 1936, “a festa de Nossa Senhora do Livramento, Padroeira desta futurosa e hospitaleira vila, cujas solenidades estiveram a altura das tradições católicas dos taipuenses” (A ORDEM, 07/11/1936, p.4).
A festa daquele ano teve inicio com  a procissão e hasteamento da bandeira no dia 28/10 e foi assistida por incalculável multidão de fieis deste e dos municípios de Natal, Ceará-Mirim, Touros Baixa Verde e Lajes, segundo o referido jornal.
         O jornal A Ordem atendendo ao convite que lhe foi feito pela comissão dos festejos, se fez representar pelo seu digno gerente Ezequiel Moura.
         A congregação Mariana de Moços de Natal também convidada pelos promotores da festa foi representada pelos jovens Candido Oliveira Filho, Adauto de Assunção e Gerson Dantas. Durante o tríduo, antes da ladainha houve pregação pelo vigário cônego Celso Cicco.
         No dia da festa pela manhã, acompanhado do seminarista Alair Villar, chegou a esta vila o monsenhor João da Mata, convidado especialmente pela Comissão Central para fazer o sermão do dia.
         O monsenhor João da Mata celebrou na matriz as 07h00 distribuindo a sagrada comunhão a centenas de fiéis.As 10h00 após a chegada do trem especial, começou a missa solene oficiando o vigário da freguesia que teve como diácono e subdiácono, respectivamente o monsenhor João da Mata e o seminarista Alair Villar.

Aspectos da festa da padroeira de Taipu em 1945,
a foto mais antiga por nós encontrada sobre a festa de Taipu

         Ao evangelho subiu a tribuna o monsenhor João da Mata que proferiu um lindo panegírico da Virgem do Livramento provando a origem desse nome, e com farta documentação  exaltou as grandezas e prerrogativas da augusta Mãe de Deus.
         As 17h00 saiu a procissão de Nossa Senhora do Livramento, oficiando o mons. João da Mata, que teve como diácono e subdiácono, o cônego Celso Cicco e o seminarista Alair Villar.
Percorrido o itinerário foi dada a benção sacramental no adro da matriz.A festa externa prolongou-se até as 00h00, notando-se em tudo muita ordem.Depois dos exercícios da última noite o vigário agradeceu o valioso concurso de todos notadamente da Comissão central de senhoras, senhoritas e jovens, merecendo lugar destacado nesse agradecimento o Sr. Adão Marcelo da Rocha, diretor da festa.O serviço de barracas esteve irrepreensível.
         A comissão central dos festejos e as várias comissões auxiliares prevalecendo-se da presença do mons. João da Mata aqui, foram incorporados a residência paroquial, precedidos de banda de música local e de muitas famílias e cavalheiros, falando nessa ocasião o Sr. João de Castro, que em nome das comissões e do povo católico de Taipu apresentou ao mons. Votos de boas vindas.Agradecendo sob grande salva de palmas dos  presentes, mons. João da Mata elogiou a atitude dos taipuenses,sempre generosos, trabalhadores e dignos  filhos da Igreja de Jesus Cristo.
         Coicindindo o dia da festa com o aniversário natalício da prendada senhorinha Zuila Alves, o Sr. Adão Marcelo, pai da aniversariante, ofereceu um lauto almoço ao mons. João da Mata, no  qual tomaram parte também o cônego Celso Cicco e o seminarista Alair Villar, Sr. João de Castro, Sr. Ezequiel Moura, gerente da Ordem e os jovens Candido Oliveira filho, Adauto de Assunção e Gerson Dantas, representantes da Congregação Mariana de Moços de Natal.
         “As várias comissões da festa e o povo de Taipu estão de parabéns pelo grande esplendor que teve a festa da sua querida padroeira em 1936 (A ORDEM, 07/11/1936, p.4).
A festa de Nossa Senhora do Livramento, de Taipu, naquele ano de 1936 atraiu católicos de todo o município e dos municípios vizinhos, tal foi a afluência de pessoas que se fez preciso um trem especial.O cônego Celso Cicco teve a cooperação de católicos decididos, que muitos contribuíram para o brilhantismo dos festejos.
         Digno de nota foi o zelo dos vigários, que aproveitando a boa vontade dos leigos, souberam dar-lhes orientações seguras como cooperadores permanentes do apostolado eclesiástico.
         A festa da padroeira de Taipu repercutiu igualmente em Natal.

 Fonte: A ORDEM, 06/11/1936, p.4, 07/11/1936, p.4.

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