DIRETORES
DA EFCRGN ENTRE 1904 E 1989
Por
João Santos
Ao longo os cargos de
direção na Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte tiveram as seguintes
designações: Engenheiro Chefe, Superintendente, Diretor, Delegado Regional. A
seguir o elenco dos diretores da EFCRGN.
Período |
Nome |
Observação |
1904 - 1905 |
José Matoso Sampaio Correia |
Engenheiro |
1905-1909 |
Eugênio Ramos Carneiro da Rocha |
Engenheiro[1] |
1907-1908 |
José Luiz Batista |
Engenheiro/interino[2] |
1908-1913 |
-José Antônio da Costa Junior - Décio Fonseca -Luciano Martins Veras |
Engenheiro Engenheiro |
1914-1916 |
José Antonio da Costa Junior |
Engenheiro |
1917 |
-José Domingues da Silva - Edmundo Varela |
Engenheiro[4] Engenheiro[5] |
1918-1920 |
Pedro G. de Almeida |
Engenheiro |
1920-1923 |
João Ferreira de Sá e Benevides |
Engenheiro civil[6] |
1923-1924 |
Getúlio Lins da Nóbrega |
Engenheiro |
1924-1930 |
Hermelindo de Barros Lins |
Engenheiro[7] |
1930 |
Alberto Candido Martins |
Engenheiro[8] |
1931-1932 |
Frederico d’Ávila Bittencourt Melo |
Engenheiro[9] |
1931-1933 |
Norberto Paes |
Engenheiro[10] |
1934 |
-Heitor Teixeira Brandão -Eduardo Rios Filho |
Engenheiro[11] |
1940-1941 |
José Soares Espinheira |
Engenheiro[13] |
1941-1944 |
Antonio Carlos Zamith |
Capitão/major |
1944 |
Armilo Rodrigues Monteiro |
Engenheiro[14] |
1944-1947 |
Álvaro Cunha Melo |
Engenheiro[15] |
1947-1950 |
Hélio Lobo |
Engenheiro[16] |
1951 |
José Nicodemos Silveira Martins |
Engenheiro[17] |
1951-1955 |
João Galvão de Medeiros |
Engenheiro[18] |
|
-Moacir Maia |
Engenheiro Substituto/interino[19] Engenheiro[20] |
1956-1957 |
José Henrique Bittencourt |
Engenheiro[21] |
1958-1959 |
José Manoel Wanderley |
Engenheiro
agrônomo[22] |
1960-1963 |
Waldo Sette de Albuquerque |
Engenheiro/major[23] |
1962 |
José Sotero Sobrinho |
Interino |
1963-1964 |
-Hebert Maranhão -Paulo Feitosa |
Engenheiro[24] |
1964-1975 |
Marco Aurélio Cavalcante de Albuquerque |
Engenheiro[26] |
1975 |
-José Dias Fernandes -Francisco Araújo de Souza |
Engenheiro civil |
1975-1979 |
Francisco
Araújo de Souza |
Engenheiro civil |
1980-1989 |
Marco Aurélio Cavalcante de Albuquerque |
Engenheiro |
De 1904 a 1989 foram listados 38
diretores na administração da EFCRGN, tendo sido em média 2 anos o tempo de
permanência no cargo.O que mais tempo passou na direção da EFCRGN foi o
engenheiro Marco Aurélio Cavalcante de Albuquerque, que somadas as duas vezes
que ocupou o cargo contabiliza 20 anos, seguem-se os engenheiros João Galvão de
Medeiros e Alberto Candido Martins, ambos com 6 anos.
De 1904 a 1908 foi período de Comissão de
Obras e Construção contra os Efeitos da Seca no RN.
Entre 1908 e 1921 ocorreu o período de
concessão. Inicialmente a concessão foi
feita a empresa Gouveia & Soares, em seguida a Proença e Gouveia que por
sua vez alterou o nome para Companhia de Viações e Construções.
A partir de 1920
houve o retorno ao controle do Governo Federal. Ao retornar ao controle do
governo a EFCRGN passou a integrar a Inspetoria Federal das Estradas e depois
ao Departamento Nacional das Estradas de Ferro.Em 1939 houve a encampação do
antigo trecho administrado pela GWBR entre Natal e Nova Cruz passando este a
integrar a EFCRGN.
Em 1950 ocorreu a mudança
de nomenclatura (Estrada de Ferro Sampaio Correia).
Em 1958 houve a incorporação
a Rede Ferroviária do Nordeste e posteriormente a RFFSA.
A partir de 1964
houve reformulação administrativa na RFN, extinguindo-se as delegacias
regionais de Natal e Mossoró, sendo esta um simples ramal da RFN e aquela um
Distrito da RFN com sede em Recife.
Perdão pelos erros e omissões.
Concluído em
29/04/2021.
[1] ”O Sr. Lauro Muller, ministro da indústria, recebeu um telegrama do Dr. Carneiro da Rocha, engenheiro chefe da Estrada de Ferro de Penetração, no Rio Grande do Norte, comunicando que, de acordo com os desejos de S. Ex., será inaugurado, com a presença do Dr. Afonso Pena, o primeiro trecho, que vai do Natal a Ceará-Mirim” (GAZETA DE NOTICIAS, 13/06/1906,p.1).
[2] ”Em vista do telegrama que recebeu do engenheiro José Luiz Batista, chefe da comissão construtora da Estrada de Ferro Ceará-Mirim e relativamente a grande quantidade de famílias que, acossadas pela fome e pal sede, emigram dos sertões do Rio Grande do Norte e do Ceará e estão acampadas ao longo da linha férrea em construção naquela zona, o Sr. Miguel Calmon, ministro da indústria mandou aumentar de 500 para 1.000 contos de réis a verba concedida ao referido engenheiro para a construção da mesma via férrea” in: O Apostolo,07/07/1907, p.3 “A estrada avançou depois disso até Taipu, no quilômetro 52, sendo atualmente chefe da construção o engenheiro José Luiz Batista” in: O Paíz, 16/10/1908,p.1.
[3] “Décio Fonseca, diploma de engenheiro geógrafo, passado pela Escola de Engenharia do Estado de Pernambuco” in: Relatório do Ministério da Viação e Obras Públicas, 1915,p.432.
[4] Conforme publicado na A República em 01/03/1917 “assumiu ontem a superintendência da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte, o ilustre engenheiro, dr.s José Domingues da Silva, chegado há dias nesta capital, com sua Exm. família” in: Pacotilha, 27/03/1917, p.4.
[5] ”Tomou posse do cargo de superintendente da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte, o dr. Edmundo Varela” in: Jornal do Comércio, 23/09/1917, p.1.
[6] Nomeado em 05/06/1920, conforme O Paíz, 05/06/1920, p.4, já em 1922 se dizia no Diário de Noticias: ”O Sr. Ministro da viação baixou portarias, em data de ontem, exonerando, a pedido, o engenheiro João de Sá e Benevides, do cargo de diretor da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte e nomeou, para esse cargo o engenheiro de 1 classe da Inspetoria Federal de Estradas, Getúlio Lins da Nóbrega” in: Gazeta de Noticias, 14/01/1922, p.3.
[7] A noite, 24/04/1926, p.3
[8] “Natal, janeiro de 1930- O Sr. Alberto Candido Martins, chefe da divisão da Estrada de Ferro S. Luiz-Teresina, foi nomeado pelo Sr. ministro da viação para exercer o cargo, em comissão, de diretor da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte” (o paíz, 23/02/1930,p.10).
[9] ”Na pasta da viação. Exonerando, a pedido, o engenheiro da Inspetoria Federal das Estradas, Frederico d’Ávila Bittencourt Melo, do cargo, em comissão, de diretor da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte” in: A Batalha, 26/07/1932, p.4.
[10]“nomeando, em comissão, para diretor da referida Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte, o engenheiro da mencionada inspetoria, Norberto da Silva Paes” in: A Batalha, 26/07/1932, p.4.
“Natal, 29- causou grande constrangimento nos meios ferroviários, a remoção para o Maranhão, do engenheiro Norberto Paes, diretor da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte” (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 30/11/1933, p.12).
[11] “Assumiu as funções de diretor da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte, o engenheiro Heitor Teixeira Brandão” (DIÁRIO DE PERMANBUCO, 05/01/1934, p.4).
[12] “Em vista das solicitações feitas pela Associação Comercial de Natal, ao Dr. Eduardo Rios Filho, diretor da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte com o fim especial de atender ao comércio desta praça [...]” (DIÁRIO DE PERMABUCO, 05/12/1934, p.8).
[13] “oficio do Sr. José Soares Espinheira, diretor da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte. Fazendo uma comunicação.Responda-se e arquive-se”. (A ORDEM, 04/11/1940, p.4).
[14] ”[...] nomeando Armilo Rodrigues Monteiro, engenheiro, classe I para exercer interinamente, como substituto, o cargo de diretor da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte” (O JORNAL, 30/08/1941, p.6).
[15] “o presidente da República assinou decreto exonerando do cargo, em comissão, de diretor da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte, o engenheiro Álvaro da Cunha e Melo e nomeando o engenheiro Hélio Lobo, para substituí-lo” (A MANHÃ, 04/05/1947, p.8).
[16] “assumiu seu cargo o novo diretor da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte, engenheiro Hélio Lobo” (A NOITE, 09/06/1947, p.24).
[17] Citado em Correio paulistano, 28/03/1951, p.3. Nomeado em 28/03/1951.
[18] A Ordem, 06/04/1951, p.4.
[19] “assumiu a direção da Sampaio Correia, na qualidade de diretor substituto, o engenheiro Moacir Maia, tendo o ato de transmissão se revestido de simplicidade com a presença de todos os chefes de serviços, auxiliares e operários” (O POTI,11/01/1955,p.8).
[20] “foi assinado o decreto exonerando o engenheiro João Galvão de Medeiros, do cargo de Diretor da Estrada de Ferro Sampaio Correia no Rio Grande do Norte, e nomeando para subistitui-lo o engenheiro Edilson Medeiros da Fonseca” (O Poti, 19/01/1955, p.1). o referido engenheiro foi nomeado em 18/01/1955.
[21] Tomou posse no cargo em 28/02/1956, in: O Poti, 29/02/1956, p.8.
[22] “Como já é do conhecimento público, em solenidade presidida pelo engenheiro Lauritson Pessoa Monteiro, presidente da Rede Ferroviária do Nordeste S.A., assumiu ontem, as funções de Delegado dessa Rede Junto a Estrada de Ferro Sampaio Correia, o Dr. José Manoel Wanderley Filho”. (O POTI, 10/01/1958, p.8). A nomeação de um engenheiro agrônomo e não civil causou estranheza ao Clube de Engenharia.
[23] O engenheiro José Bittencourt fez a transição de diretor para delegado na administração da Estrada de Ferro Sampaio Correia com a incorporação a Rede Ferroviária do Nordeste a partir de 1958, doravante os sucessores seriam nomeados delegados regionais da RFN em Natal.
[24] “Assumiu, ontem, o novo delegado da Rede Ferroviária do Nordeste, em Natal, o engenheiro Hebert Maranhão [...]” (DIÁRIO DE NATAL, 07/02/1963, p.8). Convidado assumir a Estrada de Ferro Leopoldina, no Rio de Janeiro, em 1963, foi preso nos desdobramentos da Intervenção Militar de 1964 conforme O POTI, 03/05/1964, p.5.
[25] Substituto de Heber Maranhão também foi preso em Natal nos desdobramentos da Intervenção Militar de 1964. Citado em O Poti, 03/05/1964, p.5.
[26] Nomeado em 01/04/1964.
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