domingo, 22 de outubro de 2017

DESCRIÇÃO DA VILA DE EXTREMOZ EM 1775

Segundo documentos encontrados nos anais da biblioteca nacional constava sobre a Vila de Extremoz em 1775.
            A vila era habitada por índios da língua geral e alguns também da Paicús. A capela ficava três léguas ao poente da cidade de Natal. Tinha por extensão 37 léguas de litoral e 2 de terras. As terras eram consideradas muito superiores onde se plantavam lavouras todos os anos sem a necessidade de chuva por terem ali grandes extensões de terras alagadiças, distantes 3 léguas da vila, sendo habitadas por suficiente números de portugueses.
            Segundo o documento encontrado nos anais da biblioteca nacional o município de Extremoz atingia as extremidades territoriais a oeste no Porto de Agoa Maré[1] divisa com a Ribeira do Assu a 7 léguas do rio Amargoso, afluente do rio Assú, a leste confinava com o rio Guajiru na freguesia de Natal.
            O orago da freguesia era São Miguel e Nossa Senhora dos Prazeres. No rol da desobriga do ano de 1775 constava 16 fazendas, 484 fogos [casas] e 1.123 pessoas de desobriga. Índios eram em número de 194 fogos [casas] e 194 pessoas de desobriga. Portugueses eram 208 fogos [casas] e 1.067 pessoas de desobriga[2].

Fonte: Anais da Biblioteca Nacional, 1918, p.21.



[1] Atual Guamaré-RN
[2] Desobriga eram as Incursões que os padres faziam nas regiões de difícil acesso, praticando a catequese e oferecendo os sacramentos a pagãos pelo menos uma vez ao ano.

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