Sobre a inauguração
A
comitiva presidencial saiu de Natal as 8h da manhã embarcando no trem da Estrada de Ferro
Central do Rio Grande do Norte. Na parada de Extremoz, o diretor da comissão
construtora, o engenheiro Carneiro da Rocha, fez um breve discurso saudando o
presidente Afonso Pena.
O
presidente declarou que estava inaugurada a primeira seção da estrada até
Ceará-Mirim. A comitiva chegou a Ceará-Mirim as 10h30, na residência do juiz de
direito da foi servido um almoço aos membros da comitiva. Realizou-se na praça
da matriz uma vaquejada. A comitiva regressou a Natal as 15h.
Fonte: JORNAL DO BRASIL, 1906, p. 3.
Isenção para a ponte do Umari
Foi
solicitado pelo ministério da fazenda ao inspetor da alfandega de Pernambuco
para que fosse despachada livre de impostos uma ponte de 150 metros composta
por cinco vãos destinada a Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte.
Fonte: JORNAL DO COMMERCIO (RJ), 1908, p.2.
A EFCRN até 1914
Nos
56 km em trafego da EFCRN foi construído naquele ano de 1910 um depósito de
carros em Ceará-Mirim, iniciado o edifício das oficinas em Natal na margem
direita do rio Potengi. No trecho foram substituídas as rampas de 2, 5m e os
raios mínimos das curvas de 100 para 150m, que exigiu levantamento de 9. 840 metros de trilho e novos estudo além do km 60 a
parti de Taipu, nesse trecho estavam sendo feitos o movimento de terra.
A
ponte sobre o rio Ceará-Mirim de cinco vãos de 50 metros, viga metálica
continua, tem as alvenarias concluídas e iniciada a montagem, que ficará
terminada em agosto deste ano.
Com
a conclusão da ponte poderia ser entregue os 60 km da EFCRN.
A
EFCRN até 1914 tinha 100 km, sendo que 89 estavam em construção e 71km com
estudos aprovados.
Fonte: A IMPRENSA, 1910, p. 4.
Ponte de atracação
Concluída
a ponte provisória de atracação na estação da Coroa começou o serviço de
passagem no rebocador Ceará-Mirim conforme o horário:
Segunda,
quarta e sexta partida de Natal as 8h10 da manhã, terça, quinta e sábado
partida de Natal as 15h10.a volta sempre era 10 minutos após a chegada ou partida
dos trens. A passagem custava 100 réis, sendo as malas de mãos isentas de
pagamento.
Fonte: JORNAL DO COMMERCIO (RJ), 1907, p. 4.
Ramal de Macau
Foi
iniciado em 1914 a
construção do trecho de Epitácio Pessoa
[atual Pedro Avelino] a Macau num
percurso de 60 km. Esse trecho não exigia grandes obras de artes, a não uma
pequena ponte sobre o rio Amargoso. O trecho não chegou a ser inaugurado , mas
durante algum tempo correram trens de lastro.
Fonte: Revista EXCELSIOR,
1929, p. 69.
Extensão do trafego
A
extensão de trafego que em 1913 era de 119,558 km foi acrescida em 24, 750 km em 1914 o qual elevou
a 44,308 km o total em trafego da EFCRN.
Fonte: CORREIO PAULISTANO, 1915, p. 4
Em 1920
Até
1920 a EFCR tinha 147,842 km na linha tronco entre Natal e Lajes, sendo o
movimento de trem considerado perfeito pela própria companhia arrendatária.
Déficit da EFCRN
1927
a EFCRN havia aprestado grande déficit, no ano seguinte “segundo cálculos
autorizados a diminuição da receita dessa via de transporte será ainda maior”,
conforme era noticiado no jornal Diário Nacional.
Fonte: A DEMOCRACIA EM MARCHA, 1928,
p. 5.
Em
1927 achava -se suspenso o trecho já arrendado de 44 km entre Lajes e Caicó que
teria um total de 150km, também a linha de contorno em Natal com 5,156 km
destinada a ligar a nova estação a esplanada Silva Jardim.
Fonte: CORREIO PAULISTANO, 1929,
7.
Receita da EFCRN em 1930
O
demonstrativo financeiro da EFCRGN revelou o seguinte dado: Receita 1.024:
828$690; Despesas 1.198:183$142.
Fonte: CORREIO PAULISTANO, 1930, p.7.
Receita da EFCRN em 1936
Em
1936 esse foi o movimento financeiro
da EFCRN: Receita 1.528:
529$600 e despesa de 1.507: 469$400 acusando assim um superávit
de 21:060$200.
Fonte: JORNAL DO COMMERCIO: Retrospecto Comercial
(RJ) 1937, p. 220.
Novo déficit
Um
novo déficit foi registrado na EFCRN em 1946 cuja a receita foi de Cr$ 9. 000, 000, 00 para uma despesa de Cr$
14.000, 000, 00
Fonte: VAMOS LÊR, 1946, p. 67
A justificativa para esse déficit era que a
estrada de ferro servia a região de pequena produção e baixa densidade
econômica que não admitia fretes elevados.
A ferrovia que nunca chegou a Assú
Uma
comissão formada pelos representantes da Associação Comercial de Assu entregaram
ao ministro da viação uma representação dos comerciantes daquela cidade para
que o presidente da república autorizasse a extensão da linha da Estrada de
Ferro Central do Rio Grande do Norte até Assú.
Fonte: A IMPRENSA, 1911, p. 13.
Assú
não estava incluída no projeto original da EFCRN, estranhamente posi era uma
das cidades mais pujantes da região central do estado em franco desenvolvimento
econômico, mas assim como Caicó, que estava prevista para receber a estação
final da EFCRN, estas cidades jamais viram os trilhos chegar em seus
respectivos territórios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário