A festa em uma determinada
comunidade constitui modelos de humanidades que além do aspecto religioso
também pode ser uma troca de convivência. É também uma parada na vida
cotidiana, sendo um momento contemplativo no meio da vida diária. É o símbolo da alegria e do amor que o ser
humano não consegue por suas próprias forças tornar definitivo.
A festa de Nossa Senhora do
Livramento é o maior evento religioso e social da cidade de Taipu.
Registro da festa da padroeira
Certamente que era celebrada na
paróquia anualmente a festa da padroeira, porém os registros mais antigos
encontrados no livro tombo da paróquia de Taipu datam do ano de 1933 na
administração do padre Fortunato Alves Leão. Naquele ano a festa foi realizada
constando de um tríduo solene, uma edificante comunhão de crianças, missa
cantada e sermão “ sendo oficiante e meu auxiliar pelo padre Antônio Chacon, à
época, vigário de Baixa Verde” ( Cf. LT, p.14).
Em
1939 segundo o padre Severino Bezerra, vigário da paróquia, nesse ano não foi esquecida a festa da padroeira de
Nossa Senhora. do Livramento que constou com o seguinte programa (LT, p.21):
No dia 22 de novembro, houve o levantamento da bandeira, as 19 horas ,
após uma curta passeata festiva e no dia 26,domingo pelas 6 ½ foi celebrada a primeira
missa para comunhão, pelo padre Adelino, digno reitor do seminário e às 9 horas
celebrei a missa solene da festa, com sermão do evangelho do padre José
Adelino. A tarde saiu uma procissão da imagem de N. Sra do Livramento. A
comissão da festa muito fez pelo brilhantismo das solenidades em honra da
padroeira da paróquia.
É percebido desde tempos remotos o
grande numero de pessoas que participam da procissão de encerramento da festa
bem como o empenho dos paroquianos em realizar da melhor maneira possível a
festa da padroeira.
Presença do interventor Rafael Fernandes
Na festa da padroeira do ano de 1941
que foi realizada com “grande pompa e imenso concurso de fiéis”, segundo o padre
Bianor Aranha (LT, p.23), esteve presente a solenidade, entre outras
autoridades políticas do estado, o então interventor Rafael Fernandes e segundo
o já citado padre, foi uma das maiores festas da paróquia.
O interventor Rafael Fernandes foi quem elevou
Taipu a categoria de cidade em 1938.
Cancelamento da festa
Por motivo da seca ocorrida no ano
de 1952 a festa só foi celebrada no ultimo domingo de janeiro de 1953 celebrada
com muito entusiasmo e participação do povo que não mediram esforços para
realizar uma bonita festa, segundo o padre Severino Araújo (LT, p.32).
A respeito da festa temos a
seguintes informações do Pe João Correia de Aquino nos anos de 1948 (LT, p. 28):
Fazia 2 anos que não se celebrava a festa de Nossa Senhora do
Livramento. Apenas chegado fiz ver ao povo que me empenharia com firme vontade
para que não se passasse ano algum sem que se festejasse a Excelsa Padroeira.
Propriamente a festa não tem data fixa. Celebra-se tradicionalmente digo:
geralmente no último domingo de novembro [...] Laus Deo Vriginique Matri!.
Como nos
informa o referido padre entre 1946 e 1947 não se realizou a festa da
padroeira, os motivos não são citados nem pelo padre João Correia de Aquino nem
pelos seus antecessores, tendo o sacerdote tomado a iniciativa de se empenhar
na realização da festa da padroeira. Sobre a festa de 1950 diz o padre João
Correia de Aquino (LT, p.30):
Com raro fervor e extraordinário brilhantismo realizou-se mais uma vez a
homenagem anual do povo taipuense à reverendíssima Virgem Santíssima sob a
invocação de N. Senhora do Livramento. Um vasto programa constando da parte
espiritual e festejos extensos foram fielmente observados, sendo o muito para
notar a máxima boa vontade com que todos deram o melhor de sua dedicação pelo
maior esplendor das festividades.
Aqui são mencionados o fervor com
que o povo de Taipu celebra sua padroeira bem como o empenho de população na
condução dos preparativos da festa. Nesta mesma festa foram abençoadas as
imagens do presépio que até hoje atrai um grande número de fiéis no período
natalino da paróquia (LT, p. 30):
Um número alviçarreiro das festividades foi a benção solene de um novo e
artístico presépio cuja as imagens medem trinta centímetros de altura, que um
grupo de moças adquiriu para a matriz com uma importância angariada em
festivais de arte.
O padre João
Correia de Aquino se referindo a festa disse ainda que “sendo uma festa da
tradição e de muita influência para os paroquianos sempre foi muito concorrida
e preparada muito carinho e espírito cristão” (LT, p.48).Em
1956 não foi celebrada a festa da padroeira como de costume, segundo o padre
Jose Luís da Silva, devido a muitas dificuldades na paróquia tendo sido a mesma
realizada a 13 de janeiro de 1957 (LT, p. 39).
A irmã Natalina Rossetti, ICM,
escreveu sobre a festa da padroeira de Taipu nos seguintes termos (RICM,1964).:
É celebrada anualmente e é precedida por uma novena que sempre teve um
cunho bíblico preparado pelas Irmãs. O resultado sempre foi surpreendente,
tanto na parte espiritual como recreativa e financeira. O povo vive o verdadeiro
espirito comunitário.
De fato a festa da padroeira sempre
constitui um momento de fervor religioso em toda a cidade de Taipu em que a
população acorre a matriz para louvar e agradecer a Deus e a Nossa Senhora do
Livramento as bênçãos e graças alcançadas ao longo do ano constituindo-se um
momento de fervor religioso em toda a cidade de Taipu em que a população acorre
a matriz para louvar e agradecer a Deus e a Nossa Senhora do Livramento as
bênçãos e graças alcançadas ao longo do ano.Grande
devoto e entusiasmado com a devoção à Nossa Senhora do Livramento o Pe Cláudio
Régio fez suas anotações a cerca da festa, na qual, segundo ele, conta com um
grande numero de fiéis e participação do paroquianos (LT,
p.104):
Minha primeira festa de Nossa Senhora do Livramento como vigário. Houve
um tríduo com missões de madrugada, novena e missa à noite na Matriz e no
encerramento uma bonita procissão com a veneranda imagem da padroeira, seguida
de um grande número de fieis.
A
festa ao qual o padre se refere como tendo sido a sua primeira festa da
padroeira celebrada foi a do ano de 1994, ano em que assumiu a paróquia como
administrador paroquial. No ano seguinte, 1995, ele anotou no livro tombo (LT, p.104):
Após os trabalhos na matriz já terminados, realizamos a festa de N. S.
do Livramento com grande participação dos paroquianos [...] com uma grande
procissão e celebração da Santa Missa fizemos o encerramento da festa em frente
a matriz.
Neste
ano de 1995 a matriz havia passado por reformas, como a colocação do forro,
pinturas e a aquisição dos bancos para melhor acomodar os fiéis, tendo os
trabalhos terminados no período da realização da festa.
Em
15 de novembro de 1996 a abertura da festa da padroeira Nossa Senhora do
Livramento desse ano e no encerramento da festa segundo o padre Cláudio Régio (LT, p.104) “ a procissão de encerramento levou milhares de
pessoas as ruas de nossa cidade terminando em frente a matriz com a celebração
da Santa Missa e uma bonita queima de fogos em homenagem a Nossa Senhora”. Como tradicionalmente ocorre, há uma concentração
imensa de fiéis na frente da matriz para participar da missa de encerramento da
festa da padroeira, estendendo-se a concentração de pessoas até a praça em
frente da matriz. No ano de 1997 o padre Cláudio Régio exaltou o fervor do povo
em celebrar a festa da padroeira: “mais uma vez o povo católico e fervoroso da
nossa paróquia acorre a matriz para festejar a Mãe do Livramento. Momento forte
de fé e oração em nossa comunidade taipuense” (LT, p.105).
O Pe. Cláudio
procurou deixar no espírito do povo o seu amor inconteste em Nossa Senhora por
meio de uma fervorosa devoção à Virgem do Livramento, com as imensas procissões
realizadas tanto nas festas da padroeira como no mês de maio da paróquia.
De
fato a festa da padroeira sempre constitui um momento de fervor religioso em
toda a cidade de Taipu em que a população acorre a matriz para louvar e
agradecer a Deus e a Nossa Senhora do Livramento as bênçãos e graças alcançadas
ao longo do ano.
Organização litúrgica da festa da padroeira
Quanto
a organização da festa são preparados eventos litúrgicos tais como: novenário,
caminhadas penitenciais de madrugada, oficio de Nossa Senhora ao meio dia,
celebrações a noite, batizados e confissões.
No sábado que antecede o
encerramento se realiza a parte social da festa no pátio da igreja em que há
leilões de animais (galinha assada, carneiros e bois) em beneficio da
manutenção da paróquia, além do leilão se realiza o baile animado por uma banda
em que pode se verificar o congraçamento da população que acorre ao local do
baile no largo da matriz.
A programação religiosa consta de realização
de um novenário onde ocorrem caminhadas penitenciais de madrugada, oficio de
Nossa Senhora ao meio dia, celebrações a noite, batizados e confissões. O cume
das festividades se dá no domingo quando é realizada uma grande procissão pelas
ruas da cidade encerrando-se com uma missão campal em frente a igreja matriz.
No sábado que antecede o
encerramento se realiza a parte social da festa no pátio da igreja em que há
leilões de animais (galinha assada, carneiros e bois) em beneficio da
manutenção da paróquia, além do leilão se realiza o baile animado por uma banda
em que pode se verificar o congraçamento da população que acorre ao local do
baile.
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