O
padre Expedito Sobral de Medeiros exerceu a função de vigário das respectivas
paróquias de Taipu e Touros, tendo sido nomeado em 10 de janeiro de 1940 como
ele mesmo afirma em sua autobiografia (Medeiros, 2013,p.20):
No fim do mês, o bispo me chamou e me nomeou vigário das paróquias de
Taipu e Touros, a 10 de janeiro de 1940, e me preveniu:” você mantenha harmonia
com as autoridades, você também é uma autoridade”.A distância das sedes paroquiais era de 54 quilômetros, a
serem vencidos a cavalo.Só havia o caminhão-misto de Francisco Daniel duas
vezes por semana [...].
Logo
de inicio o sacerdote se deparou com dois grandes problemas, a distância entre
as duas sedes das paróquias, na qual o padre percorria montado a cavalo e as
questões políticas que demandava certo trato diplomático da parte do sacerdote
para com os políticos locais, merecendo para isso recomendação da parte do
bispo no sentido do padre fazer valer sua autoridade eclesiástica.
Monsenhor
Expedito relembrou sua dificuldade logo no inicio do seu ministério nas duas
paróquias (Medeiros, 2013, p.20):
Logo no
inicio, tive meu batismo de fogo: no inverno rigoroso de 1940, a malária se
alastrou de forma violenta nos vales do nordeste matando milhões de pessoas.
Carregou-se defunto até em costas de animais! O vigário era chamado à cabeceira
dos doentes quase que diariamente, sem ter as vezes, nem onde sentar.
A
miséria que chocava a quem iniciava o ministério sagrado e tinha como maior
compromisso não faltar a uma confissão de enfermo, relatou monsenhor Expedito, referindo-se
a sua atividade sacramental em assistir aos enfermos atingidos pela cólera e da
qual vitimava grandes quantidade de pessoas.
Quanto
as atividades pastorais, monsenhor Expedito relembrou que as práticas pastorais
na época limitava-se as visitas mensais às capelas mais importante, as
associações religiosas, catequese de primeira comunhão, confissão de enfermo e festas
dos padroeiros, estas muito valorizadas pela parte financeira, o que me deixava
o sacerdote um tanto quanto acanhado (Cf. Medeiros, 2013, p.20).O monsenhor
Expedito Sobral de Medeiros morou sozinho, na casa paroquial no tempo em que
foi pároco de Taipu, tendo a casa
segundo ele, pouca mobília, e fazia suas
refeições na pensão familiar do lugar, “onde tudo de bom era para seu vigário”
(Op. Cit, p. 20).
Monsenhor Expedito Sobral de Medeiro:
Arquivo PNSL
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