Outra
grande ação social desenvolvida na paróquia Nossa Senhora do Livramento foi a
construção da maternidade APAMI [1]
em 1957, que devido a carência de um serviço de saúde na cidade de Taipu tinha
o objetivo de promover ações de saúde nas áreas de ginecologia, obstetrícia e
neonatal.
A baixo : Primeira sede da APAMI (1956-1973) e segunda sede da maternidade APAMI (1973-2004).
Fotos: Arquivo PNSL e AICM.
Fruto dos esforços realizados da
própria comunidade e com o apoio do padre José Luís da Silva, a maternidade
era, segundo ele, uma necessidade da comunidade, no relato a baixo, percebe-se
o entusiasmo do padre José Luís da Silva quando fez a seguinte observação logo
após a sua inauguração (LT, p.40):
Era uma necessidade inconteste. Com os recursos da paróquia sem nenhuma
ajuda do Governo, foi criada uma maternidade. Tudo foi doado pelo povo. Por
isso eu acredito nela. Não veio de cima. O povo quis e realiza. Forma fazer
durante 4 meses um estágio de obstetrícia, duas senhoras da cidade.
O interessante nesse relato é que a
APAMI foi criada com os recursos próprios da paróquia, sem a ajuda dos poderes
públicos, fato que justifica o apreço que a comunidade tinha pela maternidade.
Como
disse o padre José Luís, ela não veio “de cima”, mas das doações do povo e por
isso o padre acreditava ser esta uma obra fundamental para a melhoria da
qualidade de vida primeiramente pelo atendimento ginecológico digno as mulheres
e posteriormente a toda população.
Com o passar tempo tendo em vista a
necessidade da comunidade à maternidade passou a fazer atendimentos em convênio
com o SUS para atendimentos ambulatoriais para a toda a população.
A sede da maternidade foi
inicialmente numa casa adquirida na Rua Antônio Alves da Rocha. Em 1973 passou
a funcionar na rua Cel. Manuel Eugenio. A maternidade esteve em funcionamento
até o ano de 2004 quando foram encerradas as atividades desta instituição por
meio da extinção da APAMI.
Ao contrário do seu começo a
maternidade APAMI o fim da maternidade não teve o apoio da população, tão pouco
houve interesse dos órgãos públicos para evitar a sua extinção que acabou com
um dos maiores símbolos de serviço público da cidade de Taipu.
[1] Associação de proteção e
assistência à maternidade e infância de Taipu, depois transformada em Hospital
maternidade Irmã Natalina Maria Rossetti.
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