A prefeitura de Natal inaugurou em 06/05/1944 o Mercado Público da praia da Redinha que de acordo com o jornal A Ordem “útil melhoramento de que muito se ressentia aquela praia do nosso Município” (A ORDEM, 05/02/1944, p.1).A solenidade de inauguração foi marcada para ocorrer as 09h00 tendo sido disponibilizado lanchas dos convidados. Era prefeito da capital, a época, José Augusto Varela. De acordo ainda com o jornal A Ordem conforme fora anunciado, realizou-se no domingo, dia 06/05/1944, pela manhã a solenidade de inauguração do novo mercado público da aprazível praia da Redinha, situada no município de Natal.
Esse era, segundo A Ordem, outro importante melhoramento
realizado pela progressista administração do prefeito José Varela, “sempre
empenhado em dotar a nossa cidade e localidades do município de obras que
atestem a sua incansável atividades de Prefeitura Municipal”.
Em lancha colocada a disposição dos convidados foi feita a
travessia do rio Potengi, e ao se chegar àquela praia teve lugar a solenidade
da inauguração do moderno mercado. Sobre a importância desse melhoramento
discursaram o prefeito José Varela e do Eloi de Souza, presidente do Conselho
Administrativo do Estado, cujos discursos mereceram calorosos aplausos dos
presentes. Após os atos solenes o Dr. José Carlos Leite recepcionou os
convidados em sua residência. (A ORDEM, 08/02/1944, p.4).
Segundo a mensagem do prefeito Silvio Pedrosa foi feito diversos serviços no mercado da Redinha em 1948, incluindo um novo piso e pintura em geral. (DIÁRIO DE NATAL, 21/07/1948, p.4).
Em
visita a praia da Redinha em 06/10/1950 o cronista social do Diário de Natal
Danilo escreveu o que viu. Segundo ele: “Na minha última visita vi que a Redinha
está em luta com alguns inimigos. O mar, com os seus assaltos violentos, e o
maior deles e o mais insidioso. Os outros dependem apenas de um olhar de
simpatia dos poderes públicos. O cais está desabando, com sério perigo para o
povo, o mercado está em ruínas, as novas construções não obedecem a nenhuma
linha de estética. Ainda não conquistou a graça de um cemitério” (DIÁRIO DE NATAL, 06/10/1950, p.5).
De
acordo com o mesmo Danilo a praia da Redinha tinha mais de 700 pessoas com residência fixa e 150
casas de veranistas e que nos meses de veraneio a população que ali veraneava chegava
a mais de 1.000 pessoas.
Havia se passado apenas 6 anos de inauguração do mercado
público da Redinha e o mesmo já s encontrava em ruína conforme o relato a cima.
Já em 1952 o mercado público da Redinha voltou as página do
jornal Diário de Natal o qual a ele se referiu dessa forma: “o velho mercado da
Redinha era mais uma tenda de feirantes do que um mercado”.
Segundo o mesmo jornal, o prefeito Creso Bezerra resolveu reformar completamente o centro comercial daquela praia, determinando a construção de locais para os vendedores, açougue de carne e peixes, e outros melhoramentos que importaram numa verdadeira renovação do mercado da Redinha.“ Está assim a praia da Redinha dotada de um edifício público indispensável ao seu crescente progresso, acentuado ainda mais pela construção da estrada que, via ponte de Igapó, ligará dentro em breve o tradicional recanto de veraneio natalenses a esta capital” (DIÁRIO DE NATAL, 31/05/1952, p.4).
O prefeito Creso Bezerra esteve na praia da Redinha em
30/05/1952, em contato com os seus moradores, determinando providências que
trariam maiores benefícios àquela praia.
Já em 13/09/1966 o vice-prefeito em exercício, Ernani Silveira, esteve pela manhã visitando o mercado da Redinha, determinando providências imediatas para a recuperação total do prédio que ganharia nova cobertura, além de reboco nas paredes e pintura (DIÁRIO DE NATAL, 13/09/1966, p.6).Pelas medidas anunciadas de recuperação do mercado de Redinha nem é preciso explicar que o mesmo passava por mais um ciclo de estado de penúria aquele ano de 1966.
Em 1968 o jornal Diário de Natal novamente se ocupava do estado
de abandono do mercado da Redinha, segundo o qual: “um dos maiores problemas
para a população (calculada em cerca de 5 mil pessoas) e o veranistas da Redinha é o mercado público da praia. Na
verdade o local parece mais com um
matadouro. Muita sujeira provocando mal cheiro. O prédio condenado, com o teto na
iminência de desabar. Sanitários públicos não existem, pois, o que tinha
transformou-se em latrina de que ninguém consegue chegar perto.[...] nos
domingos as famílias não podem entrar no mercado, com as mundanas, as
prostitutas, bebendo e se embriagando no locais”. (DIÁRIO DE NATAL, 02/12/1968,
p.8.O grifo é nosso).
O administrar do mercado, identificado pelo nome de Carlos pela
reportagem do Diário de Natal, disse que não se podia trabalhar na administração
do mercado, sem a ajuda necessária, pois o que se constatava pela reportagem
era decorrência do abandono que a prefeitura dava àquele equipamento público.
O
prédio ao longo dos anos foi se deteriorando. No final do ano de 2008 recebeu
uma parcial reforma, porém, a estrutura do prédio continua muita aquém das
expectativas dos comerciantes e turistas. Sujeira, falta de água e energia
elétrica são alguns dos problemas que afastam os visitantes e impedem o
crescimento do turismo na região norte da cidade
Situado
no Largo João Alfredo no bairro da Redinha, o mercado é visitado por moradores
locais e turistas que ali vão provar a iguaria local ginga com tapioca,
saboreado em muitos dos quiosques do local.
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