quarta-feira, 16 de junho de 2021

SOBRE O MUNICÍPIO DE PARAZINHO #3

 

                             PARAZINHO COMO DISTRITO DE BAIXA VERDE


      Criado o município de Baixa Verde em 29/10/1928 a pequena povoação existente em Parazinho passou a fazer parte do território daquele município condição vigente até 1962 quando foi emancipado política e administrativamente.

Segundo Anfilóquio Câmara os povoados de Parazinho e Queimadas eram os mais prósperos do município de Baixa Verde graças á larga cultura de algodão que se faz na região. Havia já na década de 1940 uma meta usina, pertencente a Joaquim de Castro, em Parazinho, e um descaroçador de algodão.

         Os principais eventos que caracterizam esse período são os que se seguem.

O distrito policial

         O distrito policial de Parazinho foi criado em 1929 estando subordinado ao município de Baixa Verde (MENSAGENS DO GOVERNADOR DO RIO GRANDE DO NORTE PARA ASSEMBLÉIA, 1929, p.87).

         Em 1934 foi nomeado o guarda civil Salomão Martins Trindade como subdelegado de Parazinho (DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 16/10/1934, p.2), já em 22/12/1935 assumiu a função naquele distrito policial o cabo José Câmara (A ORDEM, 22/12/1935, p.4).

Em 21/05/1937 foram nomeados Antônio Trigueiro, Joaquim de Castro e Erotides de Castro como 1º, 2º e 3º suplentes de subdelegado do distrito de Parazinho, respectivamente (A ORDEM, 21/05/1937, p.2).

         Para o lugar vago de subdelegado do distrito de Parazinho, do município de Baixa Verde, foi nomeado em 21/07/1937 o 2º suplente Joaquim de Castro e Silva (A ORDEM, 21/07/1937, p.4).   

Mercado público

         Segundo Anfilóquio Câmara a construção dos mercados públicos na vila de São Bento do Norte e nos povoados de Parazinho e Queimadas do município de Baixa Verde ocorreu em 1932 (CÂMARA, Anfilóquio. Cenários Municipais. (1941-1942). 1943, p.77-86).


Atual mercado público de Parazinho

         De acordo com o jornal A Ordem, em 16/12/1951 foi inaugurado o mercado público de Parazinho (A ORDEM, 15/05/1952, p.4).

A escola

O prédio da escola isolada começou a ser construído pelo governo do estado em 1934.

Em 29/10/1942 o Interventor Federal assinou o decreto nº 1.193 o qual deu a denominação de “Professor Miguel Monteiro” a Escola Isolada de Parazinho, do município de Baixa Verde (A ORDEM, 03/11/1942, p.2).

         Em 27/01/1943 foi nomeada a professora diplomada Azenete Borges de Paiva para exercer o cargo de professora de 4ª classe na Escola Isolada Professor Miguel Monteiro, de Parazinho, do município de Baixa Verde (A ORDEM, 27/01/1943, p.3).

         No dia 10/02/1945 o Interventor Federal assinou o decreto removendo, por permuta, a professora Joanita da Costa Fonseca, ocupante do cargo de professora de 3ª classe nas Escolas Reunidas Amaro Cavalcanti, da cidade de São Tomé, para a Escola Isolada Professor Miguel Monteiro, na povoação de Parazinho, no município de Baixa Verde, onde estava lotada Azenete Borges de Paiva (A ORDEM, 14/02/1945, p.2).

A capela      

         A capela de Parazinho, cujo orago é Nossa Senhora de Nazaré, filia da paróquia de Baixa Verde, começou a ser construída no inicio da década de 1930. Em 26/09/1936, de acordo com o jornal A Ordem, foi realizada uma festa  beneficio da construção da capela local, tendo sido a festa promovida pela professora Lili Trigueiro, que com seus alunos levaram à cena o drama “as três virtudes”, com outros número.

         Compareceram à festividade diversas pessoas de Baixa Verde. No dia seguinte, houve missa, onde o vigário de Baixa Verde chamou a atenção dos fiéis para que auxiliassem na medida de suas posses, a edificação do templo (A ORDEM, 11/10/1936, p.2).


Aspectos de Parazinho


Pessoas

         O jornal A Ordem cita na década de 1930 a 1950 nomes de pessoas residentes em Parazinho. Naturalmente não foram os primeiros moradores da localidade, mas se configuram com pessoas mais antigas daquele lugar.Não é nossa intenção a elaboração de uma pesquisa genealógica, que poderá ser feita por outras pessoas mais capacitadas no assunto, mas os nomes que se seguem podem contribuir nesse estudo.

         Em 1938 o jornal A Ordem cita João Rabelo como comerciante em Parazinho (A ORDEM, 10/03/1938, p.4).Em 1941 o referido jornal cita João de Castro também comerciante em Parazinho (A ORDEM, 10/07/1941, p.4).

Em 27/02/1941 o jornal A Ordem registrou o casamento de ocorrido na Catedral de Natal do casal Maria de Lourdes Alves Pereira e Miguel França, residentes em Parazinho, do município de Baixa Verde (A ORDEM, 27/02/1941, p.4).

Joaquim de Castro é citado como comerciante em Parazinho (A ORDEM, 25/05/1942, p.4).

Em 1951 é citado Jorge de Bastos como comerciante em Parazinho, do município de Baixa Verde (A ORDEM, 10/07/1951, p.2) e Manoel da Silva Tarquínio como fazendeiro em Santo Isidio em Parazinho, do município de Baixa Verde (A ORDEM, 02/08/1951, p.2).

A Agência Postal

Conforme o jornal A Ordem o povoado de Parazinho, no município de Baixa Verde, vinha crescendo bastante, sem que, porém, tivesse até 1949 sido beneficiado com uma agência postal dos correios, quando o transporte de correspondências de Baixa Verde para aquela localidade era feita quase diariamente.

         Em virtude disto, o povo de Parazinho, por intermédio do citado jornal apelava para o Diretor dos Correios e Telégrafos para que fosse instalada ali uma agência dos correios (A ORDEM, 07/11/1949, p.10).

Usina elétrica

         Segundo o relatório do prefeito de Baixa Verde em 1952 seria instalada um usina elétrica no povoado de Parazinho, mediante a aquisição de um motor e demais acessórios elétricos destinados ao fornecimento de luz pública e particular, que era uma antiga e justa aspiração do povo (DIÁRIO DE NATAL, 19/06/1952, p.4).

Cemitério

         Em relatório apresentado ao jornal Diário de Natal, o então prefeito de Baixa Verde, Francisco Bittencourt, relatou que havia construído o cemitério da povoação de Parazinho dentre outras obras no referido município (DIÁRIO DE NATAL, 24/05/1953, p. 6).



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