terça-feira, 15 de junho de 2021

SOBRE O MUNICÍPIO DE PARAZINHO #2

    

OS POÇOS TUBULARES DA IFOCS

 MARCO DE DESENVOLVIMENTO DE PARAZINHO


         Parazinho surgiu numa região de difícil acesso a água potável, essencial em qualquer aglomerado humano para a sua sobrevivência. A região no entanto, era propicia a plantação da cultura do algodão. Para resolver o problema do acesso a água o Governo Federal por meio da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas-IFOCS (atual DNOCS), perfurou vários poços na região mais assolada pelas secas, muitos na região que atualmente compreende o território do município de Parazinho.

        O relatório do prefeito de Baixa Verde, João Câmara em 1930 apontou que na povoação de Parazinho havia um poço movido por um motor a gás pobre, que apesar de se propriedade particular, muito vinha concorrendo para o desenvolvimento agrícola da região (DIÁRIO DE NOTICIAS, RJ, 18/07/1930, p.6).

         A região de Parazinho tinha escassez de água potável necessária a fixação do povo que já habitava aquelas terras onde se plantava algodão. Foi a construção do poço “Quixabeira”, no povoado de Parazinho que permitiu o acesso ao precioso liquido naquela região.

         O poço tubular foi construído pela Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas-IFOCS (atual DNOCS) constando de um catavento, reservatório em alvenaria e cimento armado, com capacidade para 80.000 litros e um chafariz (A NOITE, 19/01/1935, p.4).

         Segundo o citado jornal, Parazinho era um dos maiores centros produtores da Serra Verde, tendo o povoado se formado depois da construção do poço e já em 1935 possuía mercado público e boa feira aos domingos.

Poço Quixabeira

                                                             Fonte: A NOITE, 19/01/1935, p.4.

         Em 1937 engenheiro Francisco Ramalho, fiscal do Serviço de Poços, deu conhecimento ao Governo do Estado, que foi concluída a perfuração do poço “Parazinho”, situado no povoado de mesmo nome, no município de Baixa Verde, tendo o referido poço a profundidade de 86,40m, revestimento com tubos de 64,68m, nível estático de 47,60m, vazão de 2.680 litros/h e qualidade de água calcária (A ORDEM, 31/08/1937, p.4).

Em 1942 a firma João Câmara& Irmãos requereu a Inspetoria de Obras Contra as Secas a perfuração de poços tubulares pelo regime de cooperação em propriedades situadas no município de Baixa Verde. Foram aprovados os orçamentos para a perfuração de poços em Parazinho, Três Irmãos, Viração, São Geraldo, Pereiras e Cabeço Vermelho (A ORDEM, 29/12/1942, p.1).


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