Em
vista das precárias condições do prédio, o engenheiro Hélio Lobo, diretor da
EFCRGN estava submetendo a estação central da ferrovia, situada a praça Augusto
Severo, a obras de melhoramentos e ampliações.
Examinadas
as razoáveis condições dos alicerces do velho casarão o andar superior, construído
de uma espécie de grande sótão, onde funcionava a contabilidade do tráfego,
estava sendo ampliado no sentido de cobrir toda a área do andar térreo.
O
espaço conquistado proporcionaria salas mais amplas e mais dependências para os
serviços.No andar térreo, além dos melhoramentos nas dependências existentes, seria preparado
um salão de espera, com poltronas, para passageiros, e introduzido um serviço de
guarda-volumes, mediante a taxa de 0,50 por dia, serviço este que seria uma inovação
em Natal, mas tão usado nas ferrovias do sul.
As
obras estavam sendo executadas sem verbas especiais com as próprias economias
da administração do engenheiro Hélio Lobo, segundo o Diário de Natal. (DIÁRIO
DE NATAL, 28/08/1948, p.12).
Segundo
o jornal Diário de Natal em 19/09/1949 foram retirados os tapumes de madeira
que tapavam parte das obras da nova estação da EFCRGN.
Podia-se
assim ver melhor o conjunto arquitetônico e avaliar o quanto iria o prédio
favorecer a estética de um dos trechos mais movimentados da cidade.Os que
lembravam das velhas paredes vermelhas que por tantos anos dominaram aquela
paisagem da praça Augusto Severo não escapavam a uma confrontação mental do que
foi e do haveria de ser a nova estação.Era este um dos pontos de revalidação da
ferrovia na parte inicial do seu tráfego.
As
obras vinham sendo executadas desde 1948 substituiu totalmente o antigo prédio
e achavam-se em vias de conclusão e conforme o jornal Diário de Natal “ já
agora descobertas para o público, apresentam-se nas linhas do estilo moderno,
com seus dois pavimentos dispostos a solucionar certos problemas de administração
da estrada”.
Ainda
segundo o referido jornal os habitantes e transeuntes da capital potiguar não
teriam mais o desprazer de assistir ao costumeiro desconforto com eram
aguardadas as pessoas que viajavam para Natal e das que as iam receber.Tais
melhoramentos constituíam motivos de criticas desairosa, de protestos
silenciosos, de censuras.
Entre
os benefícios que deixaria a administração do engenheiro Hélio Lobo estava a
nova estação de passageiros de Natal que
representaria um dos mais expressivos e mais úteis beneficio.
Os
últimos dias da construção se aproximavam. A mão dos operários corria sobre as
últimas providencias.Um grande relógio seria posto no alto da fachada para indicar a marcha do
tempo.E as velhas coisas da primeira estação da primeira ferrovia potiguar
seria apenas recordações da terra que evoluía.( DIÁRIO DE NATAL, 20/09/1949,p.5).
A
inauguração da nova estação da EFCRGN ocorreu em 27/02/1949 as 11h00. No jornal
nacional exibido em sessão no Cine Rio Grande em 09/10/1949 foi exibido um reportagem
completa sobre a construção da nova estacão da EFRCGN e da construção do trecho
Natal –Angicos.
Ao que tudo
indica a inauguração da nova estação da EFCRGN na Ribeira foi ofuscada pelas
comemorações do carnaval daquele ano, pois, o jornal Diário de Natal, nada mais
disse a respeito do referido prédio.
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