Inauguração do primeiro abrigo
antiaéreo da capital
Segundo o jornal Diário de Natal realizou-se
em 02/03/1942 as 10h00 a inauguração do primeiro abrigo antiaéreo construído
em Natal. "Esse acontecimento corresponde ao apelo do governo e das autoridades
militares desta capital como recurso de segurança individual e coletiva em
casos de ataques aéreos contra a cidade, em vista da ruptura das relações
diplomáticas entre Brasil e as potencia do Eixo e da situação geográfica em que
se encontra a capital do Rio Grande do Norte”(DIÁRIO DE NATAL,03/03/1942, p.1).
O abrigo era de propriedade do Sr.
Amaro Mesquita, chefe da firma Galvão, Mesquita & Cia, comerciante
respeitado na capital potiguar e ficava
no terreno da sua residência na Av. Hermes da Fonseca, no Tirol e foi
construído de acordo com a planta fornecida pelo major Domingos Moreira e por
este administrada a construção.
O
abrigo oferecia todas as condições de segurança e constituía mais um serviço
que o major Domingo Moreira prestava a capitão. O Sr. Amaro Mesquita, era um
comerciante muito conceituado e conforme o Diário de Natal “demonstrou por sua vez, a mais perfeita
compreensão da utilidade dos conselhos e instruções sobre as eventualidades do
momento, dando a sua família a certeza de um ponto certo de defesa contra
qualquer perigo” . (DIÁRIO DE NATAL, 03/03/1942, p.1).
Imagens ilustrativas de abrigos antiaéreos da II Guerra
O
ato de inauguração contou com a presença do general Cordeiro de Farias,
comandante da 2ª Brigada de Infantaria, tenente-coronel Pery Bevilaqua, major
Jonatas Correia, capitão Newton Machado, capitão Humberto Moura, capitão
Godofredo Rocha, capitão Carlos Cordeiro, capitão Dr. Anibal Medina, tenente
Antônio Henes Barros, Tenente Dr. Segadas Viana, tenente Amaro Pessoa, Dr.
Mario Bandeira, Sr. Júlio Cesar de Andrade, Sr. Paulo Mesquita, o Aderbal
França e os jovens Ciro e Floriano Cordeiro de Farias.
O Sr. Amaro Mesquita obsequiou os
presentes oferecendo-lhes uma sob das árvores do seu sitio, uma grande mesa
onde a palestra se prolongou até as 13h00.
O general Cordeiro de Farias e seus
comandados manifestaram a melhor impressão sobre o abrigo e as suas condições, já o major Jonatas Correia, em expressivas
palavras saudou com entusiasmo o Sr. Amaro Mesquita, salientando o sentido da
sua resolução perante o momento, zelando pelo sossego moral de sua família. (DIÁRIO
DE NATAL, 03/03/1942, p.1).
Muito bom,será que ainda existe, conheço o atual proprietário
ResponderExcluirSim, é uma história interessante sobre Natal na II Guerra.Grato pelo documentário.
Excluir