quinta-feira, 23 de maio de 2019

SOBRE AS OBRAS DA ESTRADA DE FERRO NATAL A NOVA A CRUZ



      Segundo publicado jornal Rio Grande do Norte e republicada no Jornal do Recife continuavam com atividade os trabalhos da ferrovia do Natal a Nova Cruz, cujos trilhos se estendiam até próximo do Pitimbu e o leito preparado até Cajupiranga.
         O empreiteiro geral confiava que até o fim do mês de abril a linha chegaria até São José de Mipibu e que em pouco mais de um ano terminaria os trabalhos de toda a ferrovia.
        Já o jornal Liberal dizia que a empresa vinha sendo auxiliada por aqueles que amavam sinceramente o desenvolvimento da província potiguar e a não serem uma duas pequenas questões ,  poderia se dizer que a ferrovia seria levada a efeito sem que sobre indenizações por terreno ocupados se levantassem reclamações sérias.
       O jornal citava o nome dos 21 proprietários e senhores de engenho, por cujos terrenos passaria a ferrovia, e cederam de graça o espaço preciso para o leito da mesma, louvando-os por este ato.
No dia 06/03/1880 o Correio de Natal registrou que o presidente da província acompanhado do Srs. Chefe de policia, engenheiro Jason Rigby e suas respectivas famílias, o engenheiro fiscal, engeheiro de telégrafos, inspetor da tesouraria, empreiteiro geral e outros cavaleiros, fizeram uma excursão aos locais dos trabalhos da Estrada de Ferro do Natal a Nova Cruz, percorrendo a extensão de mais de 5 km. As 17h00 daquele dia partiram das oficinas da empresa a locomotiva “João Manoel de Carvalho” puxando um carro de lastro convenientemente preparado e aonde iam o presidente da província e a comitiva.
     O trem percorreu toda essa extensão perfeitamente bem, subindo com facilidade a forte rampa do Refoles e parando muito além do cruzamento da linha com a estrada do
Guarapes. Depois de uma pequena demora nesse ponto, regressou o trem para as oficinas na Ribeira.
    Em outro dia o presidente faria a mesma viagem de inspeção até o Pitimbú, onde lá examinaria os trabalhos, que estavam bem adiantados e iam muito além desse rio nas proximidades de Cajupiranga. (JORNAL DO RECIFE, 29/03/1880,p.2).

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