Conforme publicado no jornal Diário do
Natal em 12/07/1904 a população de Taipu (escrita a época com y e com acento)
se dirigiu a Tavares de Lira, então governador do estado em palavras nada
lisonjeiras. Vejamos:
Escreveram-nos
da então Villa do Taypú:
Aqui temos tido bom inverno; mas
com a fome e a peste, pouco ou nada haverá de lavoura. Os governos abandonaram
a população que lhes roga mil pragas.
Quando estiveram aqui os engenheiros
fazendo a picada da estrada de penetração do Natal no Caicó, deram muita esmola
e o Dr. Rodolfo Batista dava remédio a todos e dinheiro para dieta. Hoje morre-se
aqui á míngua. Maldito sejas Lyra de uma figa. (DIÁRIO DO NATAL, 12/07/1904, p.1).
Apesar da chuva que ali se
verificou a população ainda se ressentia desesperada pela situação
de calamidade e miséria em virtude da seca daquele. A praga proferida ao então
governador Tavares de Lyra é compreensível tanto do ponto de vista social como
do cultural.
Governador Tavares de Lira praguejado pelos taipuenses
Como visto, o povo de Taipu já tinha fama de
‘esquentado’ muito antes das famigeradas provocações que a ele se dirigiu na
passagem dos trens quando se gritava “dá o pé louro”.
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