Conforme se lia no jornal A Ordem
a energia elétrica surgiu no Rio Grande do Norte em 02/10/1911 em Natal, substituindo
o antigo sistema de iluminação publicação a lampião acetileno (a ordem, 1944,
p. 6), constituindo-se como elemento
progresso. A empresa concessionária responsável por distribuir energia elétrica
na capital potiguar era a Empresa de Melhoramentos de Natal, da firma Vale
Miranda & Domingos Barros. A usina localizava-se no Oitizeiro, com o nome
de Usina Elétrica do Oitizeiro.
Os
motores eram a gás, forneciam energia num raio de 6km, com corrente de 450
volts para os bondes e 22 volts para luz residencial e comercial. Os postes
eram os mesmos das linhas de bondes entre a rua Dr. Barata, a época o centro
comercial de Natal e a rua da Conceição na Cidade Alta. Era o período de
grandes melhoramentos públicos na capital potiguar, dentre os quais o dos
serviços de energia elétrica. Posteriormente os serviços foram transferidos a
uma empresa paulista denominada Empresa Tração, Força e Luz, este contrato foi
rescindido em 1920, aberta nova concorrência publica não apareceu nenhuma
empresa interessada em realizar o serviço.
Foi
então que o decreto estadual Nº 150 concedeu credito para a administração dos
serviços de distribuição de energia a serem realizados pelo Estado. Foi então
criada a Repartição dos Serviços Urbanos de Natal.
Em
1929 a Companhia Força e Luz Nordeste do Brasil adquiriu mediante compra ao
Estado a usina elétrica e todo o material da Repartição dos Serviços Urbanos de
Natal, firmando contrato para distribuir serviços de luz, transportes e
telefone.
No interior do estado
Canguaretama foi a segunda cidade
do estado a receber serviços de energia elétrica, a primeira do interior do
estado. Em 1915 foi inaugurado em Canguaretama a segunda usina para fornecimento
de luz pública e particular.
Seguiu-se
as instalações de usinas em Mossoró e Nova Cruz em 1919, Currais Novos, Lajes,
Macau e Parelhas em 1924.
A
partir daí o interior do estado foi gradativamente inaugurando usinas de energia
elétrica, ora por iniciativa dos prefeitos, ora por iniciativa de particulares.
Estatísticas
Em
1944, dos 42 municípios do Rio Grande do Norte, 8 ainda não tinham serviços de
luz elétrica, 10 possuíam nas sedes, 1 em um distrito municipal, 23 somente nas
sedes e 1 se servia da extensão de outro município. Todos esses municípios possuíam
usinas, com exceção de Papari cuja sede era servida por uma empresa localizada
em São José de Mipibu.
As
empresas eram 44, sendo 22 públicas e 22 particulares. Em termos regionais, o
Seridó era a região mais bem servida com 8 municípios contando com energia elétrica,
sendo 1 de alçada do governo federal, 7 de empresas particulares.
Entre
1911 e 1920 foram inaugurados os serviços de Natal, Canguaretama, Mossoró e
Nova Cruz. De 1921 a 1930 foram 14 cidades e vilas. De 1931 a 1940 foram 15
cidades e 5 vilas. Em 1941 foram apenas 1 municipal e 3 vilas. A implantação de
usinas elétricas prospera no interior do estado a partir desse ano.
A Cosern e a energia de Paulo Afonso
Entre
1963 e 1966 são instalados os serviços de energia elétrica em todos os municípios
do Rio Grande do Norte pela Cosern com energia gerada na Usina Hidrelétrica de
Paulo Afonso-BA.
A
Companhia Energética do Rio Grande do Norte – Cosern – foi criada pela Lei Estadual nº 2.721, de 14 de dezembro de
1961, regulamentada pelo Decreto Estadual nº 3.878, de 08 de janeiro de 1962 e
autorizada a funcionar como empresa de energia elétrica pelo Decreto federal nº
1.302, de 03 de agosto de 1962.
Controlada pelo Governo do Estado
até 1997, quando foi privatizada.
a Cosern iniciou a construção de
linhas e de redes no interior do Estado em 1962 nas cidades de Santa Cruz,
Tangará e Serra Caiada. Neste período, os serviços de energia elétrica da
capital já estavam sob a responsabilidade da Companhia.
Várias
cidades potiguares passaram a contar com a energia que chegava de Paulo Afonso
(como Taipu, Currais Novos, Acari). Em 1968 haviam 47 municípios energizados.
Fonte: A Ordem, 1944, p.
6.
http://servicos.cosern.com.br/a-cosern/Paginas/Quem%20Somos/Hist%C3%B3ria.aspx. Acesso
em 01nov2017.
Meu pai, Antonio Gino Britzky, foi transferido para Natal em 1954 para assumir a chefia da Usina de Força e luz de Natal, cargo que ele exerceu de 1954 até 1964. Foi sob sua chefia que foi desligada a usina de força e Luz e ligada a energia de Paulo Afono para alimentar Natal. Após isso ele foi transferido Para Niteroi/RJ onde foi trabahar na subestação do Gradim no Municipio de São Gonçalo, onde se aposentou em 1976 na Companhia Brasileira de Energia Elétrica. Meus pais tinham muitas recordações dos 10 anos que viveram em Natal e dos amigos que deixaram ali. Ambos faleceram em 2014.
ResponderExcluirEntre 1958 até 1961 o superintende da força e luz em Nata, foi o engenheiro elétrico Benedito jenkins da antiga força e luz
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