quarta-feira, 1 de novembro de 2017

A LENDA DE PAPARI

            Eis mais uma lenda do folclore potiguar.
            No Rio Grande do Norte duas tribos em luta constantes disputavam o domínio das margens do rio Potengi. O jovem guerreiro Papary, que comandava os tapuios na margem o rio Trairi apaixonou-se pela filha do chefe inimigo. Havia encontros a noite entre os amantes. Certo dia foram surpreendidos a beira da lagoa, foram presos, e ao clarão da lua os afogaram naquelas aguas a meia noite.
            A lagoa recebeu então o nome de Papari. Entre os habitantes do lugar corre a versão de que, nas noites de lua cheia, a meia noite, os dois amantes surgem do fundo da lagoa e cantam seus amores entrecortando o canto de prolongados beijos.
             E assim temos a origem do topônimo Papari, primeiro nome do atual município de Nisia Floresta, que alias ostentativa o pomposo nome de Vila Imperial de Papary.


Publicado em Ilustração Brasileira, 1948, p. 20-21.



                                                 A lagoa de Papari
Luiz Carlos Freire.

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