No início do período republicano no
Brasil (final do século XIX e começo do XX), vigorou um sistema conhecido
popularmente como coronelismo. Este nome foi dado, pois a política era
controlada e comandada pelos coronéis (ricos fazendeiros).
Características do coronelismo:
Voto de Cabresto: na República
Velha, o sistema eleitoral era muito frágil e fácil de ser manipulado. Os
coronéis compravam votos para seus candidatos ou trocavam votos por bens
matérias (pares de sapatos, óculos, alimentos, etc.).
Como o voto era aberto,
os coronéis mandavam capangas para os locais de votação, com objetivo de
intimidar os eleitores e ganhar votos.
As regiões controladas politicamente
pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais.
Coronelismo em Taipu
Encontramos como figuras representantes da época do coronelismo no município de Taipu os seguintes.
Em 1907 é citado o Capitão Waldevino F. da Costa, onde se lia no referido jornal: "Tendo vindo a esta capital,
visitou-nos o nosso velho amigo e correligionário, capitão Waldevino F. da Costa,
residente em Taipu" (Diário
do Natal, 1907 p. 1).
O proprietário da fazenda
Pitombeira, João Gomes da Costa, é citado pelo jornal A República com a patente
de major, conforme se lê na edição dia 18/12/1916: “Visitou-nos nosso digno amigo
major João Gomes da Costa, residente em Taipu”. (A REPÚBLICA, 18/12/1916, p.1).
Foi oferecido um almoço ao governador
Ferreira Chaves, onde este foi saudado pelo coronel Pedro Guedes, chefe político de
Taipu e pelo major João Miranda, em nome dos agricultores (Diário
de Pernambuco, 1917, p.4).
No
jornal Diário de Pernambuco constava em 1920: “Pela Central chegou anteontem, de Taipu,
onde reside, o coronel José Victor, membro do Partido Republicano naquele município”
(Diário de Pernambuco, 1920, p.3).
É citado o major Luiz Máximo no mesmo jornal (1920,
p.4) e em outra edição de 1924 se lia: “em Taipu consociaram-se no dia
14 deste mês, o Dr. Oscar Wandeley, professor da Escola Normal e a senhorinha
Cacilda Furtado, filha do coronel Theophilo Furtado, ali residente” (1924, p.2).
As patentes de capitão, coronel e major eram dados a cidadãos civis que não tinha nenhuma ligação com a carreira militar a não ser o uso da força em relação a vontade politica em seus respectivos 'currais eleitorais'.
As patentes de capitão, coronel e major eram dados a cidadãos civis que não tinha nenhuma ligação com a carreira militar a não ser o uso da força em relação a vontade politica em seus respectivos 'currais eleitorais'.
Fonte: Diário de Pernambuco, 1917, 1920, 1924.Diário do Natal, 1907.
É verdade que o coronelismo ainda hoje impera em Taipu de forma sutil e camuflada com compras de votos através de políticos ou filhos de políticos supostamente" ilustres" que manipulam a compra de votos com derramamento de dinheiro,com empregos contratados na prefeitura, botijão de gás,cimento para a construção,portas,etecetera,além medicamentos.
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