quarta-feira, 29 de novembro de 2017

EXTREMOZ A ÉPOCA DA CHEGADA DA ESTRADA DE FERRO CENTRAL DO RIO GRANDE DO NORTE

       A Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte, antiga reivindicação dos produtores e donos de engenhos do vale do Ceará-Mirim, foi inaugurada em 13 de junho de 1906, no trecho entre Natal e a cidade de Ceará-Mirim.
        Eis como estava caracterizado Extremoz a época da chegada da ferrovia.
    A época Extremoz era distrito de Ceará-Mirim, embora sua edificação remontasse ao século XVII, quando ali foi criada uma aldeia missionária pelos padres da Companhia de Jesus, os jesuítas, com o intuito de catequizar os índios que tinha ali suas tabas.
     Os seus habitantes mantinham-se de pequenas lavouras cultivadas a margem da lagoa que lhe dava nome. Já havia alcançado a condição de vila e sede do município, na época da chegada da ferrovia, achava-se em decadência.
      Por meio da resolução provincial de Nº 321 de 18 de agosto de 1855 foi transferida a sede municipal para a povoação de Ceará-Mirim, sendo esta elevada a categoria de vila.
       A lagoa de Extremoz, era o principal atrativo do então distrito de mesmo nome, com seus 18 km de extensão. As construções antigas do século XVII, como  a igreja e o antigo convento dos jesuítas estavam em ruínas, causado pelo a abandono, fruto da transferência da sede municipal e da paróquia.
       O distrito de Extremoz tinha em 1906 cerca de 60 casas e 300 habitantes.

A estação 
     A estação de Extremoz foi construída no km 21 da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte tendo sido inaugurada em 13/06/1906. Extremoz alcançou autonomia politica e administrativa somente em 1963, de modo que a estação passa a ser efetivamente deste município a partir desse ano, antes disso era pertencente ao município de Ceará-Mirim.  
     O edifício ainda em sua configuração arquitetônica original, foi adaptada para servir atualmente como parada dos trens metropolitanos da CBTU.




Fonte: Mensagens do Governador do Rio Grande do Norte para Assembleia (RN), 1906, p. 63-64.

Nenhum comentário:

Postar um comentário