A Estrada de Ferro Central do Rio
Grande do Norte, antiga reivindicação dos produtores e donos de engenhos do
vale do Ceará-Mirim, foi inaugurada em 13 de junho de 1906, no trecho entre
Natal e a cidade de Ceará-Mirim.
Eis
como estava caracterizado Extremoz a época da chegada da ferrovia.
A
época Extremoz era distrito de Ceará-Mirim, embora sua edificação remontasse ao
século XVII, quando ali foi criada uma aldeia missionária pelos padres da
Companhia de Jesus, os jesuítas, com o intuito de catequizar os índios que
tinha ali suas tabas.
Os
seus habitantes mantinham-se de pequenas lavouras cultivadas a margem da lagoa
que lhe dava nome. Já havia alcançado a condição de vila e sede do município,
na época da chegada da ferrovia, achava-se em decadência.
Por
meio da resolução provincial de Nº 321 de 18 de agosto de 1855 foi transferida
a sede municipal para a povoação de Ceará-Mirim, sendo esta elevada a categoria
de vila.
A
lagoa de Extremoz, era o principal atrativo do então distrito de mesmo nome,
com seus 18 km de extensão. As construções antigas do século XVII, como a igreja e o antigo convento dos jesuítas
estavam em ruínas, causado pelo a abandono, fruto da transferência da sede
municipal e da paróquia.
O
distrito de Extremoz tinha em 1906 cerca de 60 casas e 300 habitantes.
A estação
A
estação de Extremoz foi construída no km 21 da Estrada de Ferro Central do Rio
Grande do Norte tendo sido inaugurada em 13/06/1906. Extremoz alcançou autonomia politica e administrativa somente em 1963, de modo que a estação passa a ser efetivamente deste município a partir desse ano, antes disso era pertencente ao município de Ceará-Mirim.
O edifício ainda em sua
configuração arquitetônica original, foi adaptada para servir atualmente como
parada dos trens metropolitanos da CBTU.
Fonte: Mensagens do Governador do Rio
Grande do Norte para Assembleia (RN), 1906, p. 63-64.
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