O trecho entre Angicos e São Rafael
da Estrada de Ferro Sampaio Correia de apenas 45 km foi inaugurado em 1957, a
construção desse pequeno trecho ferroviário durou mais de 20 anos. Se forem
contabilizados o tempo e o dinheiro gasto na construção desse trecho se verá
que o mesmo custou 10 vezes mais do que deveria ter custado (O SEMANÁRIO, 1957,
p.6).
Mesmo assim o trecho que era esperado a meio século pela população
daquela região havia sido inaugurado.
No entanto, e parece que no Brasil e
no Rio Grande do Norte é tradição, o trecho havia sido inaugurado ainda
faltando algumas obras complementares como obras de artes e raspagens de alguns
quilômetros.
Os trilhos se estendiam em 13 km direção a Jucurutu margeando o rio
Piranhas no sentindo de atingir a Caicó na região do Seridó potiguar.
Assim, segundo o que foi exposto a cima o trecho entre Angicos e São
Rafael, se a construção durou 20 anos para ser concluída, então o mesmo havia
sido iniciado em 1937, porém, o projeto de estender os trilhos já era bem mais
antigo, cerca de 50 anos, portanto, desde 1907, que se pensava em atingir São
Rafael por meio da ferrovia.
De fato, o projeto inicial da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do
Norte era chegar a Caicó margeando o rio Piranhas-Assu.
Houve também a ideia de fazer um ramal entre São Rafael e Augusto Severo,
atualmente Campo Grande, o qual permitiria a ligação da Estrada de Ferro
Sampaio Correia e a Estrada de Ferro de Mossoró (O SEMANÁRIO, 1959, p.7). Como
se sabe o plano ficou somente no campo das boas ideias e intenções pois jamais
ocorreu a interligação das duas citadas ferrovias.
O trecho ferroviário entre Angicos e São Rafael foi considerado antieconômico pela RFFSA tendo sido desativado em 1964.O incrível é acreditar que uma região onde se tinha a ocorrência de mármore, ferro e até ouro pode ser considerado antieconômico.
O trecho ferroviário entre Angicos e São Rafael foi considerado antieconômico pela RFFSA tendo sido desativado em 1964.O incrível é acreditar que uma região onde se tinha a ocorrência de mármore, ferro e até ouro pode ser considerado antieconômico.
Obras da EFSC
Em 1957 também se fizeram outras obras na EFSC como a construção de um
pontilhão em Massangana, a conclusão do viaduto da Pedra do Rosário em Natal em
estrutura de concreto armado, muro de arrimo, pavimentação da área fronteiriça
e via de acesso, foram feitas desapropriações para a conclusão dessa obra. Por
fim foram realizadas obras de proteção do leito da EFSC ao atravessar a cidade
de Ceará-Mirim. (JORNAL DO COMMERCIO, 1957, p. 4).
Fonte: O Semanário, RJ, 1957.JORNAL
DO COMMERCIO, 1957.
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