quinta-feira, 16 de novembro de 2017

SOBRE A INAUGURAÇÃO DO TRECHO ENTRE ANGICOS E SÃO RAFAEL


         O trecho entre Angicos e São Rafael da Estrada de Ferro Sampaio Correia de apenas 45 km foi inaugurado em 1957, a construção desse pequeno trecho ferroviário durou mais de 20 anos. Se forem contabilizados o tempo e o dinheiro gasto na construção desse trecho se verá que o mesmo custou 10 vezes mais do que deveria ter custado (O SEMANÁRIO, 1957, p.6).
      Mesmo assim o trecho que era esperado a meio século pela população daquela região havia sido inaugurado.
       No entanto, e parece que no Brasil e no Rio Grande do Norte é tradição, o trecho havia sido inaugurado ainda faltando algumas obras complementares como obras de artes e raspagens de alguns quilômetros.
     Os trilhos se estendiam em 13 km direção a Jucurutu margeando o rio Piranhas no sentindo de atingir a Caicó na região do Seridó potiguar.
     Assim, segundo o que foi exposto a cima o trecho entre Angicos e São Rafael, se a construção durou 20 anos para ser concluída, então o mesmo havia sido iniciado em 1937, porém, o projeto de estender os trilhos já era bem mais antigo, cerca de 50 anos, portanto, desde 1907, que se pensava em atingir São Rafael por meio da ferrovia.
      De fato, o projeto inicial da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte era chegar a Caicó margeando o rio Piranhas-Assu.
      Houve também a ideia de fazer um ramal entre São Rafael e Augusto Severo, atualmente Campo Grande, o qual permitiria a ligação da Estrada de Ferro Sampaio Correia e a Estrada de Ferro de Mossoró (O SEMANÁRIO, 1959, p.7). Como se sabe o plano ficou somente no campo das boas ideias e intenções pois jamais ocorreu a interligação das duas citadas ferrovias.
    O trecho ferroviário entre Angicos e São Rafael foi considerado antieconômico pela RFFSA tendo sido desativado em 1964.O incrível é acreditar que uma região onde se tinha a ocorrência de mármore, ferro e até ouro pode ser considerado antieconômico. 

Obras da EFSC
       Em 1957 também se fizeram outras obras na EFSC como a construção de um pontilhão em Massangana, a conclusão do viaduto da Pedra do Rosário em Natal em estrutura de concreto armado, muro de arrimo, pavimentação da área fronteiriça e via de acesso, foram feitas desapropriações para a conclusão dessa obra. Por fim foram realizadas obras de proteção do leito da EFSC ao atravessar a cidade de Ceará-Mirim. (JORNAL DO COMMERCIO, 1957, p. 4).










Fonte: O Semanário, RJ, 1957.JORNAL DO COMMERCIO, 1957.

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